A tecnologia para o ser humano
Se tem um tema que parece nunca sair de moda é o da tecnologia. Mas o que é tecnologia?
Bom, como sempre a minha proposta não é esgotar os temas e sim suscitar reflexões, pois é na reflexão que temos algo de muito maior valor que o senso crítico e, diga-se de passagem, até o computador trabalha com este processo. Temos na reflexão o despertar das ideias próprias e é isso que nos faz evoluir como ser humano. (Em outro artigo trataremos da diferença entre senso crítico e ideias próprias).
Podemos pensar da seguinte forma: A ciência é o foco do estudo, é onde podemos tratar das causas e efeitos e seus porquês. Já a tecnologia é a ferramenta que permite que a ciência seja prática, permite o laboratório, os experimentos para a consolidação da ideia científica. Isto, explicado de maneira popular pois meu objetivo é que todos os níveis intelectuais alcancem a mensagem dos artigos por mim escritos. Como exemplo, eu colocaria da seguinte forma: A medicina é a ciência e os equipamentos que permitem sua aplicação a tecnologia. A ótica é a ciência, os óculos são a tecnologia. Em fim, creio serem suficientes os exemplos.
Tenho que deixar claro que os conceitos aplicados por mim serão os clássicos, embora os conceitos modernos tenham seu lugar. Se todas as ciências possuem suas respectivas tecnologias e é isso que as faz cumprir seus papéis, ou seja, as fazem ser o que realmente são, o que podemos dizer do ser humano? O que nos faz ser o que realmente somos? O que nos consolida como seres humanos?
Se a ciência é o ser humano, sua tecnologia são as virtudes. Esta é a equação:
Valores bem aplicados = Virtudes.
Virtudes bem aplicadas = Princípios.
Princípios humanos resultam no real ser humano.
No presente momento histórico, onde os instintos parecem aflorarem cada vez mais fortes, nenhuma vitória será possível sem a aplicação das virtudes humanas, pois são elas que nos fazem humanos. Eu poderia discorrer por inúmeras linhas sobre valores, virtudes e princípios humanos, mas nesse caso tratarei, especificamente, de duas virtudes, pois elas são importantíssimas para o resgate consciente do conservadorismo. São elas: Inteligência e Temperança. Vamos então as definições de ambas e discorreremos sobre.
Inteligência no conceito clássico, nada tem a ver com agudeza mental ou raciocínio lógico, rápido, preciso, em fim não é uma habilidade cerebral mas uma faculdade da mente e assim se define: Inteligência é a capacidade de saber discernir entre o que se deve ou não se deve fazer enquanto ser humano e comprometer-se com isso. Repare que o ponto radica no comprometimento, pois se discernimos a escolha certa e não nos comprometemos com ela, somos corruptos e tolos. Não é o que muitas vezes vemos na política? Na sociedade? E em todas as áreas de atuação humana?
A segunda virtude é a temperança e assim se define: Temperança é a capacidade de agirmos de maneira ideal independente do nosso estado de ânimo. Na guerra política que travamos hoje, temos tido várias derrotas em diversas batalhas e a temperança é fundamental para continuarmos lutando independente do que aconteça. Não é difícil vermos em momentos de derrota, soldados desanimarem das batalhas e saírem de cena, além de não se comprometerem com a escolha certa, a de lutar mesmo perdendo, pois a luta é só um meio e o nosso lugar próprio é o fim.
Fica a reflexão: Se num tema tão básico como a política há tantos descomprometidos e desistentes, como será na batalha pela vida?(Estaria aí uma chave para o grande número de depressivos e suicidas?) Pela família? (Estaria aí a chave para tantos divórcios, traições e tragédias familiares?) Por sua dignidade? (Estaria aí a chave para tanta corrupção?) Pensemos...Teriam mesmo comportamento? Só nós, em nosso íntimo, podemos responder com sinceridade.
Fica um conclave a todos os que querem vencer como verdadeiros heróis!!
Que lutemos com Inteligência e Temperança, pois com apenas estas duas tecnologias, seremos imbatíveis, quanto mais se lançarmos mão de toda a tecnologia Humana disponível para a guerra. Em outro momento trataremos de maneira mais ampla sobre este tema fundamental para nosso avanço nesta batalha do bem contra o mal.
Deus abençoe nossa jornada!
Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. I N. 04 – ISSN 2764-3867
Comments