A raposa e as uvas
E o que Bolsonaro tem a ver com isso
Todos temos sonhos. O ser humano possui desde tenra idade (alguns mais, outros menos) objetivos que anseiam cumprir ao longo da vida, e isso é natural. A própria Bíblia diz que é Deus quem efetua em nós tanto o querer como o realizar (Filipenses 2.13), e ela também diz que o desejo cumprido é árvore de vida (Provérbios 13.12).
Contudo, há aqueles que, quando não conseguem realizar seus objetivos, sempre procuram, terceirizar suas frustrações:
“Não consigo por culpa de fulano, ciclano, beltrano, tetraclano, pentaclano...”.
Até porque, desde Adão e Eva, o método mais fácil de se escapar é culpar a todos, menos ter humildade de reconhecer seus erros.
A fábula da raposa e as uvas exemplifica isso: uma raposa deitou-se debaixo de uma parreira e viu uvas agradáveis aos olhos e tentou pegá-las. Tentou, tentou, porém sem sucesso. Após várias tentativas, a raposa vou queixar-se com o pássaro:
“Eu pegaria as uvas se elas estivessem maduras. Eu me enganei no começo, mas quando me dei conta que ainda estavam verdes, deixei para lá. Uvas verdes não são um bom alimento para um paladar tão refinado como o meu.”
E por que estou falando a respeito disso? Porque em eleições tão polarizadas é nítido que há a uva e existem as raposas, e que as raposas estão tão desesperadas que apresentam uma dissonância cognitiva gravíssima: assim como a personagem, emitem as desculpas mais esfarrapadas por não conseguirem alcançar o topo.
O exemplo mais recente é das manifestações de 7 de Setembro: quantas não foram as raposas, ou melhor, os jornalistas, que fizeram de tudo para conter este evento?
“Cuidado, os bolsonaristas estarão armados com AK-47, haverá snipers, tudo escapará do controle, não saiam às ruas!”
Porém, nada disso aconteceu, pelo contrário: eu, que estive presente em Copacabana, pude constatar um povo ordeiro que apenas exigiu, pacificamente, sua liberdade. Famílias inteiras, crianças, idosos, pessoas de todas as classes sociais e cores, e até freiras! Todos uníssonos pelo fim das amarras impostas pela toga.
E as raposas, o que fizeram: negaram a realidade! A comentarista da Globo News, Eliane Castanhede, como não pôde pegar as “uvas”, resolveu difamá-las, assim como a raposa da fábula. Na noite do dia 7, em rede nacional, ela disse:
“Hoje é um dia triste. Bolsonaro colocou milhoes de pessoas na rua. Foi bom pra ele, foi péssimo para o Brasil.”.
Miriam Leitão, outra “raposa”, comentou:
“Uma apropriação indébita do 7 de Setembro. Foi um absurdo o que aconteceu hoje.”.
Com mais de um milhão de pessoas nas ruas (se fizermos uma conta simples por metro quadrado, somando RJ, SP e Brasília), os jornais tiveram a insensatez de escrever a seguinte manchete:
“Bolsonaro reúne 64 mil em Copacabana e 32 mil na Paulista”.
E o Jornal Nacional, a maior das raposas, anunciou que o evento de Brasília houve apenas elogios ao governo e “comentários machistas”.
Aliás, uma raposa bem peculiar chamada Folha de São Paiulo, ao invés de ressaltar a grandiosidade das manifestações, utilizou-se de uma brincadeira (que nem foi feita pelo presidente) para dizer que o presidente poderia ter “disfunção erétil”. Explico: um animador de rodeios conhecido como Cuiabano, amigo do presidente, disse que Bolsonaro é “imbrochável”, Oras, é óbvio que não se tratava do suposto desempenho sexual do presidente! Cuiabano denominou desta forma para explicar que, mesmo após tantas perseguições da mídia e problemas no governo que nunca faltam, Jair Bolsonaro tem se mostrado forte, aguerrido, erguido. Não há comentário machista ou coisa do gênero! Contudo, a Folha não teve vergonha alguma ao publicar o seguinte:
“Problemas de ereção atingem 70% dos homens na idade de Bolsonaro”.
Antigamente, as “raposas” da mídia eram ovacionadas, tratadas como semi-deuses, inerrantes, perfeitas e imaculadas; ninguém ousava discordar da velha imprensa, ainda que tivesse motivos para tal. E estas “raposas” deliciavam-se com as “uvas” neste tempo: o prestígio, os elogios, o dinheiro estatal que alimentava suas redações. Então, apareceu Jair Bolsonaro, trazendo a maior “uva”: a verdade. Tendo como lema o versículo de João 8.32 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, ele passou a expor como de fato funciona a grande imprensa brasileira e, ao assumir a cadeira presidencial, deixou de alimentar a velha imprensa com dinheiro do contribuinte. E o resultado não seria diferente: choro e ranger de dentes.
As “raposas” não conseguem ter a hombridade de reconhecer que, se a população já não os adula mais é por culpa de si mesmos; e assim como a personagem da fábula, culpam a falta de maturação das uvas; e como é difícil alcançar esta “uva” denominada verdade, as “raposas” acusam o “pássaro”, o povo, que tem as asas que o levam ao seu objetivo. O sonho das “raposas” a cada dia estará longe e seguirão frustrados se não olharem a si mesmos e reconhecerem:
“Se não me delicio mais com esta uva, pedirei ao pássaro ajuda. Quem sabe assim, serei bem-sucedida.”
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